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Entre os dias 23 e 25/01, Brasília – DF sediou a Oficina de Nivelamento com os 28 projetos selecionados no Ciclo 2 da Modalidade Comunidades de oito estados da Amazônia Legal (Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins). O evento reuniu cerca de 100 pessoas, com representações das iniciativas contempladas. Indígenas, ribeirinhos, extrativistas e agricultores familiares, além das equipes técnicas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), estiveram presentes.

Durante três dias, os/as participantes tiveram momentos de debates e puderam tirar dúvidas sobre diversos temas relacionados à execução e ao monitoramento dos projetos nos territórios. Entre as temáticas abordadas na oficina, estavam: prestação de contas, salvaguardas, comunicação, abordagem de gênero e apresentação da ouvidoria do Floresta+ Amazônia. Além disso, a Oficina serviu como importante espaço para trocas de experiências e compartilhamento de saberes entre os/as participantes.

Os projetos selecionados irão atuar em diversas áreas nos territórios amazônicos, como conservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, produção agroecológica, cadeias da sociobiodiversidade amazônica, e vigilância e proteção territorial. A seleção das iniciativas contou com um processo de muita transparência no qual as propostas foram construídas de forma coletiva, e com a participação de mulheres, jovens, anciãs e anciãos das comunidades.

“Esses projetos seguem a máxima que tem sido repetida pelos povos e comunidades tradicionais: nada sobre nós sem nós. São projetos elaborados de maneira participativa, que levam em consideração as realidades das comunidades’’, ressaltou a secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais do MMA, Edel Moraes.

O projeto da União dos Povos Indígenas de Manaus, no Amazonas, é um dos contemplados neste segundo Ciclo. A iniciativa do coletivo visa fortalecer artesãos e artesãs que trabalham com moda indígena, música e dança. ‘’Além de valorizar nossa cultura, queremos potencializar a comercialização dos produtos indígenas e dar visibilidade aos conhecimentos do nosso povo’’, ressaltou Daniele Baré, indígena da comunidade Parque das Tribos.

‘’A oficina nos permitiu adquirir mais informações sobre a execução do projeto, por exemplo, como vão ser feitas as contratações e a prestação de contas. Então, é importante para a gente saber disso tudo e levar para a comunidade. Essas informações, de como vai acontecer, para que tenha também a questão da transparência. Nós temos uma organização parceira que vai executar esse projeto e nós somos o público que vai receber esses benefícios, através desse projeto’’, explicou Daniele Baré.

‘’Esta oficina de nivelamento também faz parte do aprimoramento dos parceiros, incluindo as associações de base através de suas lideranças aqui presentes. Para muitas das organizações e comunidades beneficiárias esta é a primeira vez que implementam projetos através de uma parceria com o Pnud. Quero ressaltar que nossa equipe está à disposição para apoiá-los neste percurso’’, ressaltou Carlos Arboleda, representante-residente adjunto do PNUD.

”Reforçamos o compromisso institucional do PNUD de promover o desenvolvimento sem deixar ninguém para trás. Obrigado mais uma vez pela presença e engajamento das instituições parceiras, das associações de base e das lideranças comunitárias. Que este seja apenas o início de um impacto positivo e duradouro em seus territórios”, completou Arboleda.

No total, considerando os Ciclos 1 e 2, a Modalidade +Comunidades apoia a implementação de 40 projetos locais na Amazônia Legal, um investimento global de mais de R$ 33 milhões para a conservação e a sustentabilidade dos territórios amazônicos. O Projeto Floresta+ Amazônia é realização do Pnud Brasil e MMA, com apoio do Fundo Verde para o Clima (GCF)