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Projeto Floresta+ Amazônia participa de debate sobre o desmatamento da Caatinga

Registro da vegetação nativa do bioma Caatinga no Semiárido nordestino

O Projeto Floresta+ Amazônia participou do primeiro Seminário Técnico-científico das Causas e Consequências do Desmatamento e das Queimadas na Caatinga no último dia 17/04 na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Brasília – DF.  O evento contou com as presenças da ministra do Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, do Secretário-Executivo do MMA, João Paulo Capobianco, do presidente do IBAMA, Rodrigo Agostinho, além das assessoras técnicas do projeto, Márcia Stanton e Tatiana Gaui, diretores e servidores do MMA e representantes de órgãos e organizações ligados à temática.

Na programação do evento, foram debatidos temas como desmatamento da Caatinga, aspectos sinérgicos entre desmatamento e biodiversidade e o uso e cobertura do solo no bioma. Outras questões também estivem na pauta do evento, como aspectos da degradação e vetores e dinâmicas do desmatamento na Caatinga.

Destacando as peculiaridades da Caatinga que demandam uma política pública específica, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, mencionou o elevado número de espécies exclusivas que foram afetadas pelas atividades humanas. “Aproximadamente 60% da área de vegetação nativa da Caatinga já sofreu impactos como corte raso, queimadas repetidas, exploração seletiva de flora e fauna, além da introdução de espécies estrangeiras”, explicou.

À esquerda, ministra Marina Silva explanando e, abaixo, equipe do Floresta+ e MMA. À direita, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho

O presidente do Ibama também chamou a atenção para a importância de uma transição energética consciente na Caatinga, destacando que o crescimento das energias eólica e solar na região não deve ocorrer às custas do desmatamento da vegetação nativa. “Para enfrentar o desmatamento, as mudanças climáticas, a perda de espécies e os incêndios na Caatinga, o Ibama enfatizou a necessidade de estratégias abrangentes que ultrapassem simples políticas de comando e controle. No último ano, houve um aumento significativo nas ações de fiscalização na região, com ampliação das autuações, multas, embargos e apreensões, mas percebe-se a urgência de abordagens mais robustas para enfrentar esses desafios”, completou Agostinho.

A ministra Marina Silva ressaltou que a diferenciação de abordagens para cada bioma brasileiro é uma prioridade nas políticas públicas do Governo Federal. Ela mencionou o Plano de Transformação Ecológica apresentado pelo Ministério da Fazenda durante a COP28, destacando seu enfoque em instrumentos econômicos e sociais específicos para cada região. “Combater o desmatamento não é apenas um compromisso político, mas também ético, social e estético, preservando a diversidade tão valiosa do nosso planeta”, declarou.

“A realização de seminários técnico-científicos é fundamental para o desenvolvimento dos planos de combate ao desmatamento e degradação florestal dos demais biomas brasileiros fornecendo valiosos subsídios através do debate qualificado entre especialistas. O Projeto Floresta+ Amazonia apoia e acompanha a série de eventos inauguradas com o Seminário da Caatinga, o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas direcionadas à proteção da Amazônia e dos demais biomas brasileiros que, com riqueza de biodiversidade, contribuem  para o equilíbrio climático do planeta”, ressaltou Márcia Stanton.

Fonte: Agência Pública

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