
Notícias
Povo Paiter Suruí amplia beneficiamento da castanha com apoio do Projeto Floresta+ Amazônia
A Associação Gap Ey, do povo Paiter Suruí, recebeu uma máquina de descascar castanha da Amazônia na aldeia Gabgir, localizada na Linha 14 da Terra Indígena Sete de Setembro. A entrega faz parte do Projeto Floresta+ Amazônia, executado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o Programa das Nações para o Desenvolvimento (PNUD), e financiado pelo Fundo Verde para o Clima (GCF). A Ecoporé, em parceria com a Associação Gap Ey, implementa as ações do Projeto Floresta+ junto à comunidade.

O povo Paiter Suruí mantém uma relação histórica e cultural com a castanha, que é fonte de alimentação, renda e organização comunitária. A aquisição da nova máquina possibilita que o beneficiamento seja realizado diretamente no território, agregando valor ao produto e fortalecendo a comercialização feita de forma direta pela associação. Essa atividade trata-se de mais uma etapa no processo de fortalecimento da cadeia produtiva junto a comunidade.
Segundo o coordenador da Associação Gap Ey, Robson Suruí, a chegada do equipamento traz ganhos para a organização do trabalho e para a renda das famílias. “Essa máquina vai ajudar no beneficiamento. Com isso vamos fortalecer nosso trabalho, acabar com as vendas para terceiros e garantir que a comunidade venda diretamente ao consumidor final”, afirmou.
Para o diretor-presidente da Ecoporé, Marcelo Ferronato, a entrega representa uma etapa importante no andamento das ações previstas. “Estamos felizes em chegar a esse momento do projeto, com várias metas alcançadas e aquisições realizadas. Essa entrega facilita o trabalho e melhora a qualidade de vida da comunidade”, disse.

A entrega da máquina integra o objetivo do projeto, que juntamente à formação em boas práticas, mapeamento dos castanhais e resgate cultural, amplia a capacidade de produção, gestão e comercialização de produtos da sociobiodiversidade, fortalecendo a autonomia de povos indígenas e comunidades tradicionais na Amazônia.