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Oficina reúne representantes de projetos selecionados que irão atuar no fortalecimento dos territórios amazônicos
Com o intuito de promover intercâmbio, trocas de conhecimento e orientações, o Projeto Floresta+ Amazônia reuniu os 12 projetos selecionados no Ciclo 1 da Modalidade Comunidades para a Oficina de Nivelamento entre os dias 17 a 19/10 em Brasília – DF. O encontro reuniu cerca de 50 pessoas entre representantes de organizações e lideranças comunitárias dos estados do Amazonas, Amapá, Rondônia e Maranhão, além de analistas e coordenadores do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Entre os assuntos abordados durante a oficina estavam gestão dos recursos financeiros destinados à execução dos projetos selecionados; rotina de relatoria e prestação de contas; comunicação e divulgação das atividades desenvolvidas no âmbito das iniciativas; salvaguardas sociais e ambientais; promoção da igualdade de gênero nas ações a serem executadas; e apresentação da importância e papel da Ouvidoria do Projeto Floresta+ Amazônia nos territórios.
‘’A oficina foi o resultado de um esforço e de uma jornada da participação e envolvimento das comunidades, dos assessores técnicos do PNUD e dos analistas do MMA. Todo o processo de construção das propostas de projetos foi algo precioso e rico. Contou com a participação direta e com muita transparência junto aos territórios, com escuta e diálogo respeitando as salvaguardas ambientais e sociais. A gente deseja que as comunidades suas organizações tenham autonomia na gestão e na execução dos projetos’’, ressaltou a coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Ambientalmente Sustentável do PNUD, Luana Lopes.
Os projetos selecionados visam a gestão ambiental e territorial nas comunidades. As iniciativas locais foram elaboradas de maneira participativa pelos povos indígenas e comunidades tradicionais com apoio de suas organizações representativas. Com valor global de R$ 9,5 milhões, as propostas irão financiar atividades nos temas de conservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, produção agroecológica, fortalecimento das cadeias da sociobiodiversidade amazônica, e vigilância e proteção territorial.
O indígena Robson Surui, do município de Cacoal – RO, participou da oficina e teve o projeto do seu território selecionado. ‘’Viver na Amazônia é um constante desafio, seja pela situação do desmatamento e invasão, seja por falta de apoio com recursos. Esperamos que o projeto apoiado pelo Floresta+ possa ajudar no fortalecimento do nosso território e do nosso povo, e contribuir com a proteção ambiental’’, declarou.
‘’Os povos indígenas e as comunidades tradicionais têm um papel fundamental e na conservação ambiental dos territórios. São eles que vivem e são eles também afetados em suas comunidades. A execução desses 12 projetos será fundamental para os territórios e para a manutenção da sociobiodiversidade e para a conservação da floresta. Vocês, povos e comunidades, são protagonistas e fazem a diferença para a Amazônia e para o futuro do planeta’’, ressaltou a coordenadora geral de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do MMA, Ângela Roma.
A quilombola Eliane Frazão, que faz parte da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos de Anajatuba (Uniquituba), do Maranhão, foi uma das lideranças comunitárias que participou do encontro. A organização dela foi selecionada com o projeto “Renascimento agroecológico nos quilombos’’.
De acordo Eliane Frazão, a oficina serviu para sanar muitas dúvidas sobre a execução dos projetos e também para conhecer outras iniciativas que serão apoiadas pelo Projeto Floresta+ Amazônia. ‘’Acho que todos os projetos têm algo em comum. Todas as ações levam, direto e indiretamente, para a conservação da Amazônia. Nosso projeto irá trabalhar com quintais produtivos agroecológicos. Acreditamos que a agroecologia é um dos caminhos para a conservação de toda a biodiversidade que existe nos territórios amazônicos’’, falou empolgada.
‘’A oficina não apenas fortaleceu os projetos individuais, mas também promoveu uma visão compartilhada de conservação e desenvolvimento sustentável na região amazônica. Os participantes saíram da oficina com uma compreensão mais profunda sobre diversos aspectos envolvidos na execução dos projetos, além de estabelecem novas conexões entre eles que podem ser fundamentais para o sucesso na sua implementação’’, explicou a assessora técnica do Projeto Floresta+ Amazônia, Mariana Machado.