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No Pará, é possível produzir e conservar na floresta amazônica

Visita das equipes técnicas do Floresta+ Amazônia e da Semas nas áreas dos beneficiários

Agricultores e agricultoras familiares do Pará estão se destacando como exemplos inspiradores de que é possível tanto produzir quanto conservar a Amazônia. Em uma região onde a pressão pelo desmatamento muitas vezes parece ser a única opção econômica viável, essas pessoas estão mostrando que se pode conciliar atividades produtivas com a preservação ambiental com apoio do Projeto Floresta+ Amazônia, em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Por meio de iniciativas do projeto Floresta+ Amazônia, no âmbito da Modalidade Conservação, como o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), os agricultores e agricultoras estão recebendo incentivos para conservar e adotar práticas sustentáveis em suas propriedades. Em vez de desmatar áreas de floresta para expandir suas atividades agrícolas, eles estão encontrando maneiras de aumentar sua produtividade de forma consorciada sem prejudicar o meio ambiente.

‘’Os agricultores estão utilizando técnicas como agroflorestamento, rotação de culturas e manejo sustentável dos recursos naturais para garantir que possam continuar cultivando suas terras de forma produtiva a longo prazo, ao mesmo tempo em que conservam a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos oferecidos pela floresta amazônica”, destaca a coordenadora local do Projeto Floresta+ Amazônia pelo estado do Pará, Catarina Sanches.

Uma dessas experiências inspiradoras é a da família de Rozinaldo Teixeira de Jesus, jovem agricultor da comunidade ribeirinha de Barreiras, no município de Almeirim (PA). Ele e sua família, incluindo sua esposa, pais e seis irmãos, equilibram com maestria o trabalho no campo com a conservação da floresta que os cerca.

Rozinaldo feliz da vida, mostrando parte da sua produção de tomates

Rozinaldo continua produzindo em ritmo constante uma variedade de cultivos, como mandioca, abóbora, tomate, mamão, limão e muito mais. Parte da colheita é consumida pela família, enquanto o excedente é vendido nos mercados locais de Almeirim, garantindo assim o sustento da família.

Floresta em pé: Rozinaldo em sua área conservada

“Para nós, a floresta é essencial para nossa sobrevivência, fornecendo desde água até alimentos. Precisamos conservá-la e respeitá-la. O Projeto Floresta+ Amazônia está em sintonia com isso, apoiando quem vive da terra e da floresta”, expressou Rozinaldo com entusiasmo.

Além disso, Rozinaldo está se tornando defensor ativo da conservação ambiental em sua comunidade, compartilhando seus conhecimentos e experiências com outros agricultores e incentivando a adoção de práticas sustentáveis na região.

Outra iniciativa referência de quem conserva e produz mantendo a floresta em pé vem da comunidade de Cachoeira do Aruã (PA), na área da agricultora Ana Paula Oliveira. Ela destaca os benefícios da Modalidade Conservação do projeto, que chegou em momento oportuno para ajudar na preservação de sua propriedade, com 26 hectares de vegetação nativa excedente ao exigido por lei, e ainda contribui para ampliar sua produção para o sustento da família.

Ana Paula e sua família trabalhando na propriedade rural

“O projeto demonstra que não é necessário desmatar para cultivar. Precisamos manter a Amazônia viva e em pé. Graças ao apoio do projeto, minha propriedade está intacta e conservada. É possível a gente cuidar do meio ambiente e fazer nossas roças plantando os nossos alimentos, como feijão, milho, mandioca, sem cortar e derrubar a mata”, enfatizou Ana Paula.

‘’Esses exemplos mostram que é possível alcançar um equilíbrio entre desenvolvimento sustentável e conservação ambiental na Amazônia, e que os agricultores desempenham um papel fundamental nesse processo. Ao apoiar e reconhecer esses esforços, podemos criar um futuro mais sustentável para a região e para o planeta como um todo’’, ressaltou Catarina Sanches.

Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) – É um mecanismo econômico adotado pelo Projeto Floresta+ Amazônia, que visa compensar financeiramente agricultores familiares, ou proprietários ou possuidores de imóveis rurais que adotam práticas ou medidas que contribuem para a conservação, proteção ou restauração do meio ambiente e dos ecossistemas.

Secretário Rodolpho visitando a área do agricultor Rozinaldo

De acordo com o secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, o objetivo do PSA é incentivar práticas sustentáveis de uso da terra e promover a conservação dos recursos naturais. “É uma oportunidade de fonte de renda alternativa para aqueles que vivem em áreas rurais ou dependem dos recursos naturais para seu sustento. Isso também pode ajudar a mitigar problemas ambientais, como desmatamento, degradação do solo, perda de habitat e mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento econômico sustentável e a justiça social’’, explicou.

Os critérios para ter acesso ao PSA é que o imóvel tenha o Cadastro Ambiental Rural (CAR) validado junto ao órgão estadual competente, não deve possuir infração ambiental e tem que ter pelo menos 1 hectare de vegetação nativa para além do mínimo previsto na lei.

Até o momento, o Pará tem 135 beneficiários e beneficiárias recebendo recursos do Projeto Floresta+ Amazônia por PSA, com um montante investido de quase R$1.100.00,00, comum total de área elegível de 2.700 hectares no estado. Ao todo, com apoio das equipes locais, foram realizados quase 2.350 atendimentos em 15 municípios paraenses, validados 893 CARs e 570 CARs retificados.

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