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Floresta+ apoia desenvolvimento de plataforma integrada de geoinformações para o desmatamento zero na Amazônia

Equipes técnias do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do Projeto Floresta+ Amazônia, e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), participaram de oficina de alinhamento para desenvolvimento do Sistema de Integração de Geoinformações para o Desmatamento Zero (SIGDeZ), nos dias 14 e 15 de agosto em Campinas – SP, no escritório da Embrapa Agricultura Digital. Será uma plataforma desenvolvida pelo centro de pesquisa da Embrapa e será uma ferramenta inovadora para monitoramento e combate ao desmatamento e incêndios florestais no Brasil, sobretudo na região amazônica.
O SIGDeZ reunirá, em um só ambiente, bases de dados hoje dispersas, como dos sistemas do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Banco Central do Brasil. A plataforma terá interface interativa e intuitiva, hospedada no ambiente do MMA, aberta ao público, e será capaz de subsidiar análises sobre desmatamento, incêndios e ordenamento territorial em todo o território nacional.
Segundo o coordenador-geral de Controle do Desmatamento do MMA, Diego Pereira, o grande diferencial da plataforma é a capacidade de integração. “Será um motor de análise de dados, integrando informações essenciais para apoiar o monitoramento das ações do Ministério e acompanhar a evolução do desmatamento e dos incêndios florestais”, ressaltou.
O SIGDeZ também incorporará os dados do Sistema Interativo de Análise Geoespacial da Amazônia Legal (SIAGEO Amazônia), desenvolvido pela Embrapa entre 2013 e 2019, mas já defasado tecnologicamente. A plataforma terá abrangência nacional e funcionará como base para o Laboratório para o Desmatamento Zero (LabDez ), que usará geotecnologias avançadas para gerar indicadores capazes de orientar políticas públicas ambientais.
Para o assessor técnico do PNUD para o Projeto Floresta+ Amazônia, Carlos Casteloni, a expertise da Embrapa em serviços de geoinformação foi fundamental para a parceria na construção da plataforma. “A iniciativa será viabilizada graças à capacidade da Embrapa em geotecnologias, automatizando análises para obtenção de dados ambientais que podem ser utilizados para o embasamento de políticas públicas eficazes contra o desmatamento. A nova plataforma é uma soma de esforços com o Floresta+ Amazônia que atua para recompensar quem conserva a floresta ”, destacou Casteloni.

O desenvolvimento da plataforma será conduzido por uma equipe de dez pesquisadores e analistas da Embrapa, com gestão financeira da Fundação Arthur Bernardes (Funarbe) e apoiado pelo Projeto Floresta+ Amazônia, no âmbito do financiamento Fundo Verde para o Clima (GCF). A duração prevista é de 36 meses – sendo 24 meses para execução e 12 para manutenção. Uma versão inicial de apresentação deverá ser lançada já em novembro, durante a COP 30, em Belém, no Pará.
“Acho que ainda este ano a gente já vai ter uma versão bem robusta da plataforma. Vamos aperfeiçoá-la cada vez mais e depois de pronta o MMA será responsável por dar continuidade e manutenção”, explicou o pesquisador da Embrapa e um dos líderes do projeto, João Vila.
(Fonte e fotos: Gabriel Faria/Embrapa Agricultura Digital)
Foto da Amazônia na capa do site: Leonardo Dall’Igna/Projeto Floresta+ Amazônia