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Floresta+ vai apoiar 25 projetos em territórios indígenas em parceria com a Funai

O Projeto Floresta+ Amazônia, no âmbito da Modalidade Comunidades, em parceria com Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), apoiará a execução de 25 projetos nos territórios indígenas dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins. São iniciativas que visam fortalecer a gestão ambiental e territorial e ainda promover a autonomia social e econômica das populações indígenas. Ao todo, serão investidos aproximadamente R$ 20 milhões nessas comunidades. 

A Funai, instituição membro do Comitê Consultivo do Floresta+ Amazônia, assinou com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima um Acordo de Cooperação Técnica para apoiar a implementação da modalidade Comunidades. O Acordo, que está sob a gestão da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável – DPDS da Funai, prevê a participação do órgão no processo de seleção dos projetos locais, bem como no monitoramento da sua implementação nas comunidades e territórios beneficiados. 

“Participar do processo de seleção das propostas recebidas pela Modalidade Comunidades foi oportunidade de conhecer as demandas dos povos indígenas amazônicos para fortalecer seus territórios, além de trocar experiência com os demais membros da comissão”, ressaltou a coordenadora de Políticas e Projetos Ambientais – COPAM da Funai, Luana Machado de Almeida.

Os 25 projetos contemplados contarão com o envolvimento e a participação de povos indígenas de cerca de 70 etnias, em 37 Terras Indígenas da Amazônia. Conheça a lista dos projetos indígenas selecionados na tabela abaixo:

“O apoio e a expertise da Funai têm sido fundamentais para garantir que a modalidade Comunidades esteja em consonância com a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas, além do cumprimento das salvaguardas socioambientais previstas pelo Floresta+ Amazônia no que diz respeito às populações indígenas”, avalia a diretora do Departamento de Gestão Socioambiental e Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – MMA, Claudia de Pinho.

“Nos projetos, estão previstas atividades de conservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, produção agroecológica, fortalecimento das cadeias da sociobiodiversidade amazônica e vigilância e proteção territorial. As ações destacam a equidade de gênero e a intergeracionalidade, com a participação de mulheres, jovens, anciãs e anciãos dos territórios”, explica a assessora técnica do Projeto Floresta+ Amazônia, Mariana Machado. 

Robson Suruí durante umas das oficinas promovidas aso projetos selecionados pelo Floresta+ Amazônia

Um dos projetos contemplados foi “Memórias e ações: construindo e fortalecendo a cadeia da Castanha – Mãhp gahp” do povo Suruí da Terra Indígena Sete de Setembro, em Rondônia.  ‘’Viver na Amazônia é um constante desafio, seja pela situação do desmatamento e invasão, seja por falta de apoio com recursos. Esperamos que o projeto apoiado pelo Floresta+ possa ajudar no fortalecimento do nosso território e do nosso povo, e contribuir com a proteção ambiental’’, declarou umas das lideranças do território, Robson Suruí.

Outro projeto apoiado será o “Construção do Centro Cultural, Turístico e Comercial do Parque das Tribos” no Amazonas, que envolverá aproximadamente 25 povos indígenas do estado. “Com o apoio do Floresta+ Amazônia, vamos aprimorar e fortalecer a comunidade de artesãos dedicados à moda indígena, assim como os talentosos artistas e produtores indígenas em geral. Além disso, busca proporcionar oportunidades para que possam comercializar seus produtos de forma mais eficaz. Não se limitando apenas a isso, abraça também a expressão cultural por meio da dança, música e demais aspectos que enaltecem a riqueza cultural e conhecimento do nosso povo e dos nossos parentes”, ressaltou a representante da organização União dos Povos Indígenas de Manaus, Daniele Baré, . 

Joenia Wapichana: “Esses projetos locais têm algo singular, tornam as comunidades indígenas protagonistas…”

De acordo a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, as iniciativas apoiadas pelo Projeto Floresta+ Amazônia terão um papel fundamental para os povos indígenas da Amazônia. “Esses projetos locais têm algo singular, tornam as comunidades indígenas protagonistas em suas próprias iniciativas de desenvolvimento e conservação. Os parentes podem definir suas próprias prioridades, ações e estratégias de gestão a partir dos seus territórios, o que fortalece seu sentido de autonomia e identidade cultural”, reforçou Joenia.

Projetos selecionados atuarão diretamente na conservação da floresta e na sustentabilidade dos territórios na Amazônia

No geral, a Modalidade Comunidades vai investir mais de R$ 33 milhões somando um total de 40 projetos em territórios amazônicos. Além da população indígena, o Floresta+ Amazônia vai apoiar outras iniciativas de povos e comunidades tradicionais, como quilombolas, extrativistas e ribeirinhos, em oito estados da Amazônia Legal: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará e Tocantins. 

Sobre o Projeto Floresta+ Amazonia – É uma iniciativa realizada do PNUD Brasil e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com apoio do Fundo Verde para o Clima (GCF). Até 2026, serão investidos um total de 96 milhões de dólares nos estados amazônicos, por meio de ações e incentivos financeiros, com pagamentos por serviços ambientais e a execução de projetos que beneficiarão diretamente as comunidades locais.

O público-alvo do projeto inclui produtores rurais, povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas e quilombolas que vivem na região da Amazônia, com ênfase na participação das mulheres e das juventudes locais. Atualmente, o projeto está organizado em quatro modalidades: Conservação, Recuperação, Comunidades e Inovação.

Fotos: Divulgação/Conservação Internacional, Getty Imagens e Acervo ISPN

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